Empresa capixaba ajuda a propagar a cultura da kombucha no Brasil
R$ 0,00
Notícias
Mestre em fermentação experimentou a bebida durante viagem à California. Decidiu, então, produzi-la no Espírito Santo
Enquanto Caetano Veloso ainda tenta desvendar o que é a kombucha – sua saga no Instagram rende boas risadas –, uma empresa capixaba tem mestre no assunto. A Kombucha Viva o Dia, fundada em 2016 pelo brewer master Jovan Demoner, é a primeira brewery do Espírito Santo registrada no Ministério da Agricultura. O mestre em fermentação se encantou com a bebida desde o primeiro contato, durante uma viagem à Califórnia, e resolveu trazer a novidade para o Estado.
“Na década de 70, no Vale do Silício, os hippies começaram a produzir e utilizar a kombucha. Lentamente, passaram a envazar para vender. Nos Estados Unidos, foi em 2004 que começaram mesmo a comercializar. No Brasil o boom veio em 2016. Aqui no Espírito Santo, começamos a fazer em 2015 depois que estivemos na Califórnia tomando kombucha todos os dias. Dava para sentir o poder revigorante e energizante da bebida. Decidimos que íamos produzi-la no Brasil quando voltássemos”, lembra Jovan.
Iniciaram-se pesquisas e testes de chás e ervas. Os fundadores da Viva o Dia buscaram até uma especialização como Tea Connoisseur – especialista em chás, começaram a produzir pequenos lotes para consumo próprio, para amigos e logo criaram o Kombucha Clube. Seus fundadores acreditam que os probióticos podem promover uma verdadeira mudança na saúde. “A kombucha auxilia na microbiota intestinal, na digestão, reduz a acidez estomacal, melhorando o sistema digestivo como um todo”, afirma Jovan.
Mas, afinal, o que é kombucha? É chá? Suco? A kombucha (lê-se kombutcha) – há quem chame de Kombuchá –, é resultado da fermentação do chá adoçado das folhas da planta Camellia Sinensis. Prepara-se o chá doce, normalmente preto ou verde, que, depois de resfriado, é colocado em solução com um líquido acidificante. A bebida é fermentada por uma colônia de bactérias e leveduras. No fim do processo, a kombucha terá um sabor ácido, mas levemente adocicado. O primeiro relato de produção e consumo de kombucha vem da China, em 221 a.C.
Conhecida como Scoby, sigla para Symbiotic Culture of Bacteria and Yeast – cultura simbiótica de bactérias e leveduras em português –, a colônia de kombucha tem uma aparência de panqueca e é responsável pelo processo de fermentação da bebida, de gosto ácido e gaseificada.
Qualidade
Comercializar esse chá, que tem jeito de receita caseira, exige habilidade e cuidados. “A Associação Brasileira de Kombucha (ABKOM) foi criada em 2018 para implantar uma metodologia de produção que garantisse a qualidade sanitária dos produtos. Existe um padrão para produzir a kombucha. Por meio da associação começamos a batalhar por essas questões”, conta Demoner, que é presidente e um dos fundadores da ABKOM.
Pouco a pouco a bebida ganha novos adeptos. “Há um verdadeiro desconhecimento do produto. Pessoas que já têm uma alimentação saudável procuram conhecer a kombucha, experimentar. Mas a maioria das pessoas não conhece. Fazemos divulgação com médicos, nutrólogos, nutricionistas, médicos que trabalham com medicina integrativa. Alguns já receitam a bebida para melhorar a imunidade”.
Além do Espírito Santo, a Viva o Dia (@kombuchavivaodia) é vendida em lojas de produtos naturais, supermercados, restaurantes e empórios no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Há ainda vendas via Whatsapp: 27 99998-4339. “Somos uma das fábricas de kombucha mais antigas do país”, conta o brewer master.
Fonte: White Paper Docs